Bem , comecemos pelo 1º poiso, o "Poço das Fontaínhas":
Começando pelo espaço, não me posso pronunciar muito, pois não fui a sala dos restaurante. Fiquei-me fiel à esplanada, não fosse alguma coisa fugir...
Sem dúvida nenhuma, um restaurante com uma tónica muito bem vincada no peixe. Que, logo a avaliar pelo estilo de quem nele trabalha - homens inequivocamente da área - no que deles depender, só pode vir bom material para a mesa. Não experimentei o dito trabalhado na brasa mas, numa próxima, não falharei.
Na mesa, passou-me pelo nariz:
Nas entradas: Ovas de peixe - um restito que ainda deu para provar que os gulosos deixaram - que estava muito boas, bem frescas, só que soube a pouco.
Os pedacinhos de fígado frito, estavam verdadeiramente deliciosos. Muito bem temperados, de comer e não parar. (sou grande fã desta iguaria, e é uma das minhas especialidades na cozinha - não é só uma mano Artur que tem especialidades...)
As azeitonas também eram viciantes, de muito boa qualidade e muito bem temperadas.
Na substância:
Eu e o meu irmão optamos pela cataplana de cherne. Foi uma excelente opção, estava muito bem confeccionada, o falecido cherne, provou conviver muito bem com a calda onde nadou, e era de boa origem, fesquinho, rijinho a comprovar o seu corpo atlético de uma vida (curta provavelmente) a nada no alto mar. A calda estava no ponto certo, valeu assim o tempo que esperamos até vir para a mesa. As batatas é podiam ter mais uns minutos de convívio ao lume, pois estavam um pouco rijas. Mas nada que tivesse comprometido o "aviamento" desta excelente cataplana.
Dos outros pratos que nos passaram pelo nariz: o robalo que estava à nossa frente, tinha excelente aspecto e pareceu ter sido muito bem trabalhado. Bem, mas este só me passou mesmo pelo nariz....
Ainda por lá andou, umas massadas de peixe, e estas não me passaram só pelo nariz. A mana Isabel quase me obrigou a degustar a dita. Não tive culpa. Veredito: a matéria-prima, sem dúvida que era boa, mas sem duvida que os ingredientes tiveram pouco convívio no tacho. A calda estava pouco apurada, demasiado líquida, em que nem houve tempo do tomate se desfazer e fundir na calda.
Os chocos: apanhado o mano Artur distraído, lá fui eu subtraír um choquito e umas quantas batatas. Sendo este um prato simples, penso que a qualidade da matéria-prima aqui é mesmo determinante. E de facto, foi mais uma confirmação que estes senhores do "Poço", no que toca à matéria, não brincam. Só não sou apreciador de batatas frias à acompanhar. Mas é assim, é assim...
O Mano Lourenço e a Mana Marta, desta vez para variar, foram nuns bifes de picanha. Vá lá que não era do refeitório da enfermaria...
Na Sobremesa:
Em sociedade, eu o maiorítário, atacamos em algo leve, apra aligeirar a refeição, uma encharcadazita....que logo despoletou a discussão para "encharcada ou não, eis a questão". Para mim, era encharcada e estava encharcada, de proteína e "castrol". Muito boa, muito saborosa, sabia ao que era, não era de plástico, como muitas se vêm por aí, cheias de corante. É purinha, e disfarçadamente potente. Um perigo.
No que toca a petróleo:
Começamos com uma invulgar sangria de espumante que, a avaliar pelo ritmo de "avianço" de jarros se revelou perigosa e traiçoeira. Muito boa, bem fresca, de potência média-alta mas silenciosa, com a hortelã a conferir-lhe alguma "inocência"
Rua das Fontaínhas 98 - Setúbal
2910-082 SETÚBAL
RVV
Experimenta a poucos metros ao lado , o restaurante Batareo, em peixe fresco grelhado é suberbo, um dos melhores.
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